quarta-feira, 26 de julho de 2017

Quero colocar escrito o que estou sentindo.
Esta sensação incômoda, que machuca, como uma roupa apertada ou um sapato desconfortável.
Quem me vê, não sabe o que sinto.
Procuro respostas, tento voltar no tempo para rever tudo novamente.
Quando os sentimentos começam a se tornar mornos, quando você recebe mais criticas do que elogios, há uma necessidade de conversar, de colocar os problemas na mesa e procurar uma solução.
Nada foi dito, nada foi feito.
Uma conversa fria de quinze minutos e tudo, dois anos e quatro meses partem, sem retorno.
E você descobre, atônita, que não o conhecia.
Estava com um personagem, um ator.
Que usou, depois descartou.
Parece clichê? Sim, parece.
Mas, para cada um, este descarte se diferencia.
Alguns, retornam à vida rapidamente, outros esquecem, outros festejam.
Para mim, ficou um vazio e uma sensação de que ele fez mal, muito mal.
Ele tirou de mim, roubou, jogou fora, a vontade de sentir amor, de me apaixonar.
Tento conhecer pessoas, mas o sentimento desagradável me invade e passo a querer ficar sozinha.
Quanto mal uma pessoa pode te fazer?
Ele tem consciência disso e tão cruel e sádico, deve estar feliz de ter feito isso, sem ao menos ter tentado conversar para que pudéssemos esclarecer estas diferenças.
Minha consciência tem vontade de ir até ele e vomitar tudo o que tenho dentro de mim.
Mostrar o quanto ele foi cruel e o quanto me faz mal.
Ele vampirizou meus sentimentos e deve estar feliz e realizado.
Isso, faça o bom moço, o herói, o super-homem!
Você é mais baixo que tudo o que eu pude conhecer nesta vida.
Que você, um dia, se lembre de mim e se arrependa de tudo de mal que fez um dia.
Pois, eu ainda limpo e cuido das feridas, que abertas, ainda doem demais.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Amanheceu morno.
Há muito tempo as temperaturas não são frescas...
Mas a luz do sol e o céu azul, reinava nesta terça-feira de uma semana em que as pessoas aguardavam ansiosas pela chegada da sexta-feira.
Feriado de Carnaval...
Levo meu filho de carro para a faculdade e no caminho vislumbro um jogo de luzes entre a copa das árvores e mostro uma oportunidade de fotografar se estivéssemos à pé.
Preciso colocar óculos escuros, tamanha a força desta luz que irradia e rompe a manhã.
E a rota, sinuosa, com altos e baixos, nos levam a caminhos alternativos...
São Paulo é mesmo surpreendente, inesperada e temos que nos precaver com vários atalhos.
E, continuando nosso caminho rotineiro, somos recebidos pela praça e não o contrário.
Para você, uma praça qualquer.
Para meus olhos, uma praça que floresce, verdeja, com suas árvores, Ipês, Quaresmeiras, Primaveras, invadindo meus olhos e margeada com o azul do céu, turquesa.
Não sei o que acontece comigo, mas este dia, fui bombardeada com a maravilha deste verde que luta em permanecer no cimento da cidade grande.
Continuo meu trajeto, desta vez em um bairro nobre da cidade, encravado entre a Faria Lima e Avenida Brasil.
E mais uma vez, me vejo banhada por verde, roxo, rosa, amarelo e o céu azul...
E na avenida que me leva para Perdizes, me deparo com uma frondosa árvore e uma luz que ao mesmo tempo que a embalava, engolia, ela cuspia uma luz diferente de todas que já vi em minha vida...
E, dentro de mim, explode um sentimento tão forte que começo a sentir as lágrimas correrem no rosto...
Que benção poder viver tanta emoção com coisas tão belas e tão simples!
Nunca esqueçam, de vivenciar estes momentos, pois vocês não imaginam a sorte que tem ver, sentir e compartilhar emoções únicas e inesquecíveis!