sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Nossos anjos do lar

Esta mulher que conheci hoje é muito especial.
Por mais de uma década ela está ao lado de uma família.
Nos bons e maus momentos, apoiando, ajudando.
Em ações, em silêncio às vezes.
Guardando com ela segredos.
Querendo, às vezes, ajudar além do que ela consegue.
Admiro muito e tenho muito respeito por estas que são nossos braços direitos, que confiamos nossa casa, nossos filhos, nossos maridos ou esposas.
Que para estarmos trabalhando deixamos para ela toda a organização.
Elas saem de suas casas e vem cuidar da nossa.
Pegam 3 ou 4 ônibus, acordam 3 ou 4 horas da manhã.
Cozinham, lavam, passam, escutam choros, lamentações, brincadeiras e risos de nossos filhos e não compartilham quase nunca momentos agradáveis com os seus.
E que, às vezes são babás de nossos filhos ou damas de companhias de nossas mães ou pais idosos.
Velando, cuidando, alertando quando algo não está bem.
São anjos em nossos lares.
À todas vocês: Reginas, Marias, Cidas, Toinhas, Carmens, Letícias, Cris, Edileuzas, Cleuzas, entre tantas outras, o meu agradecimento profundo e sincero e o meu respeito.
Sem vocês, nos ajudando, seria muito difícil estar onde estamos.
Que Deus continue abençoando todas vocês!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Eliana foi minha amiga, hoje virou anjo e partiu para alegrar o céu!

Não foi uma segunda banal.
Hoje eu voltei para alguns momentos de vida.
Bons momentos.
Éramos adolescentes, tínhamos ideais, o futuro nos esperava de braços abertos, havia tempo, muito tempo.
Tínhamos a mesma turma.
Ela magra, cabelos lisos e longos e sabia o que queria.
Eu, mais curvilínea, cabelos ondulados e muito ingênua, sempre cedia para agradar as amigas.
Lembro-me da moda da saia cigana.
Como custava caro, minha mãe cozia em tecido de crepe.
Eram rodadas, verdes, azuis, com fitas de seda entre as costuras dos babados.
íamos a discoteca com estas saias:
Dancing Days, meias de Lurex.
Nos divertíamos!
E como!
Nossos pais eram amigos, daqueles que conversam solto em cadeiras na praça.
Era cinema, carnival no São Paulo e fantasias criadas por improvisações de tecidos.
Chegou no bairro mais uma amiga: Luiza.
Éramos três, às vezes com a Therezinha…quatro.
Sempre unidas, sempre divertindo, até brigando por ciúmes uma da outra.
Ela foi para um colégio e eu para o IADÊ.
Nos víamos vez ou outra, já não éramos tão próximas, mas mesmo assim tentávamos um "olá"!
Um belo sábado, um moço (que veio se tornar meu marido) procurando a casa da Ana Stella Duarte, para um primeiro encontro, deu de cara com minha amiga empoleirada no portão (fazíamos isso nos portões baixos para conversar e ver o movimento da rua) e pensou que fosse eu.
Ele sempre que contava como fora nosso primeiro encontro, citava a minha amiga e o receio que ela era eu, pois ele tinha gosto diferente (gosto não se discute, não é?) e via uma outra imagem quando conversou comigo pelo telefone.
Me casei, morei fora, tive filhos.
Minha amiga se casou com um rapaz querido da turma, foi trabalhar como assistente social e não teve filhos.
Eu a via de tempos em tempos.
Via meus filhos, fazia elogios, dizia que estava bem.
Eu, sempre recebendo-a de braços abertos.
Em 2012/2013, morando na minha mãe, sempre encontrava com ela na Praça passeando seus cães.
Ela ficava admirada com o tamanho de meus filhos, com minha virada na profissão e na minha vida.
Hoje, ela se foi.
Um câncer a levou embora.
Levou uma parte de minha adolescência, juventude, estórias e memórias.
Ela iria completar 50 anos no dia 14/08, mesmo dia que meu pai fazia aniversário.
Eliana querida, nunca esquecerei tudo que vivemos juntos.
Nunca esquecerei tuas risadas soltas e seus sorriso largo.
Seus cabelos lisos que tanto queria ter.
Seu jeito decidido e sua coragem.
Amiga, fique com os anjos e descanse em paz.
Amo você amiga adolescente de tantas estórias!