sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nós mulheres de 45/50 anos, as melhores!



Mulheres de 45/50 anos…


Porque somos melhores?
Tudo é muito simples!

Não estamos querendo casar mais.
Mas viver um relacionamento legal com um homem.
Não queremos mais filhos ou optamos por não tê-los.
Nossos filhos já são independentes e temos sobrinhos para curtir.
Não dependemos mais de ninguém.
Temos nosso carro, nosso apartamento e nosso salário.
Não temos mais vergonha de dizer o que pensamos.

Somos francas e gostamos que sejam honestos conosco.
Não estamos começando a estudar.
Estamos formadas ou aperfeiçoando um estudo.
Não procuramos marido.
Nós já tivemos o nosso ou somos casadas e felizes.
Não somos adeptas do fast food.
Adoramos bons restaurantes.
Não temos pressa para viver.
Aproveitamos cada momento.
Gostamos de viajar.
E não temos mais desculpas para não conhecer novos lugares.
Gostamos de namorar, somos bem resolvidas, somos sem preconceitos.
Temos ruguinhas, temos a passagem do tempo em nosso corpo.
Mas rugas são linhas da nossa vida e nosso corpo é belo.
Somos adeptas ao esporte, à boa alimentação e a qualidade de vida.
Não temos pressa, curtimos cada momento.
Nos divertimos.
Somos maravilhosas e sorte de quem nos conhecem, nos namoram, nos tem como esposas e namoradas.
Um VIVA! para as mulheres de 45/50 anos!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pátio dos Milagres

Pátio dos milagres.
Tudo se vê.
Nada à fazer.
Amputados.
Estropiados.
Mancos.
Bengalas.
Cadeiras de rodas.
Andadores.
Dores.
Incerteza.
Esperança.
Do milagre
No pátio.

Uma fração de segundos...







Uma fração de segundos.


O portão abriu lentamente.


Uma fração de segundos.


Eu e meu filho conversamos sobre a vida.


Uma fração de segundos.


Saio com o carro rumo à avenida.


Uma fração de segundos.


Vejo um carro em sentido contrário em alta velocidade.


Uma fração de segundos.


Faço tudo para sinalizar.


Uma fração de segundos.


Acelero para à esquerda.


Uma fração de segundos.


Evito que meu filho seja atingido por um carro.


Uma fração de segundos.


O carro é atingido na traseira.


Uma fração de segundos.


Sinto o chacoalhar violento do carro.


Uma fração de segundos.


Os cacos, os pedaços se espalham no chão.


Uma fração de segundos.


E o olhar indolente do motorista imprudente.


Uma fração de segundos.


Sinto meu corpo tremer.


Uma fração de segundos.


Olho meu filho.


Ele está lá, vivo.


A fração do segundo.


O salvou.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O que é um menino!!

Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade, há uma deliciosa criatura chamada menino. Embora se apresentem em tamanhos, pesos e cores sortidas, todos os meninos têm o mesmo credo: aproveitar cada segundo de cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente (o barulho é sua única arma), quando seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e os metem na cama.
Meninos são encontrados em todas as partes: em cima de, embaixo de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para. As mães os adoram, as meninas os odeiam, irmãos e irmãs mais velhos os suportam, adultos os ignoram, Deus os protege. Um menino é a verdade com rosto sujo, a beleza com um corte no dedo, a sabedoria com um chiclete no cabelo, a esperança do futuro com uma rã no bolso.
Quando você está ocupado, um menino é um conversa fiada, intrometido e amolante. Quando você deseja que ele cause boa impressão, seu cérebro vira geléia, ou ele se transforma em uma criatura sádica e selvagem empenhada em desmontar o mundo ao seu redor. Um menino é um híbrido: o apetite de um cavalo, a disposição de um bungee jumper, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Julio Verne, o retraimento de uma violeta, o entusiasmo de um bombeiro e quando se mete a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão. Gosta de sorvete, canivetes, serrotes, pedaços de pau, água, bichos grandes, papai, sábados, domingos e feriados e mangueiras de água. Não é partidário de catecismo, escolas, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, meninas, agasalhos, adultos e 'hora de dormir'. Ninguém se levanta tão cedo, nem chega em casa tão tarde para o jantar. Ninguém se diverte tanto com as árvores, cachorros e mosquitos. Ninguém mais é capaz de meter num único bolso, um canivete enferrujado, uma maçã comida pela metade, um metro e meio de barbante, um saco de matéria plástica, duas pastilhas de chicletes, três notas de um real, um estilingue e um fragmento de 'substância ignorada'.
Um menino é uma criatura mágica: você pode mantê-lo fora do seu escritório, mas não pode expulsá-lo de seu coração. Pode pô-lo para fora da sala de visita, mas não pode tirá-lo de sua mente. Queira ou não ele é seu captor, seu carcereiro, seu dono, seu patrão. Um cara sarapintado, um nanico, um mata-gatos, um pacote de encrencas. Mas quando a noite você chega em casa, com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, ele possui a magia de soldá-los num segundo, pronunciando duas palavras somente:

Te Amo! 

(desconheço o autor.)



Lúcida esta reflexão de Mirian Goldenberg!!!

"A única categoria social que inclui todo mundo é velho. Somos classificados como homem ou mulher, homo ou heterossexual, negro ou branco. 

Mas velho todo mundo é.

O jovem de hoje é o velho de amanhã.

Por isso, como nos movimentos libertários do século passado do tipo "black is beautiful", deveríamos vestir uma camiseta com as ideias "eu também sou velho!" ou, melhor ainda, "velho é lindo!"."

Fomos em passeata até Copacabana, todos unidos, os velhos de hoje e os velhos de amanhã, vestindo camisetas e levando cartazes.

Na manifestação, inspirada em Martin Luther King, fiz um discurso apaixonado:
"Eu tenho um sonho que um dia o velho será considerado lindo e que poderemos viver em uma nação em que as pessoas não serão julgadas pelas rugas da sua pele, e sim pela beleza do seu caráter. Livres! Somos livres, enfim!"

Acordei de madrugada repetindo alegremente a frase: "Somos livres, enfim!". E com vontade de ir para Copacabana me manifestar gritando: "Eu também sou velha!" e "Velho é lindo!"

(Trecho do artigo de hoje de Mirian Goldenberg - Folha de SP 16/09/2013)



A loucura se mede como?

Quem é louco?

Quem é normal?

Temos todos uma loucura interior?

Alguns exteriorizam, outros escondem.

Alguns são violentos e merecem tratamento.

Outros não.

É loucura amar?

Não, desde que não agrida o ser amado.

O time preferido?


Desde que não se brigue por uma equipe.


A religião praticada em excesso?

Desde que não se torne fanatismo.

O ciúmes.

O jogo, a bebida.

Usamos algumas delas para extravasar esta loucura.

Há dois meses vejo alguns jovens acampados no Estádio do Morumbi para ver a Beyoncé.

Para quem vê, estes jovens acampados, serão eles loucos?

Ou somente é uma forma de exposição em um mundo em que se não aparecermos, seremos esquecidos e acabaremos
anônimos, invisíveis.

Que loucura!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Domingo!






O céu azul desta imensidão chamada universo.


Domingo imerso neste sol quente e agradável.


Parque, jardim, sombras de gigantes verdes que se agitam 


ao vento quente e seco.


Vejo os olhos do homem sob o óculos de sol.


Sua voz tranquila, acalma minha alma.


Alma que procura um domingo diferente no cinza da cidade.


Saudade.

Simone

Hoje, eu recebi a triste noticia de que perdi uma amiga.
Foi meu primeiro contato no Printemps, loja de departamentos em Lyon.
Quando cheguei no andar que iria trabalhar, fui apresentada a uma senhora sorridente, alegre e com um olhar maroto.
Ela era simpatica, se chamava Simone.
Trabalhava para grandes marcas de cama, mesa e banho: Decamps e Jacquard Français. Eu era sua parceira na época mais movimentada da loja, Natal e liquidação de final de ano.
Ela me ensinou tudo o que sei hoje, sobre roupa de cama. Lençois, fronhas, como compor, o que coordenar. Novas coleções, novidades. Com a Jacquard Français, toalhas de mesa de linho, aprendi com Simone a preparar e decorar uma mesa, de acordo com a porcelana, escolhia as toalhas de mesa, cores e estampas. Ela, como representante da marca, me paparicava, dizendo quais produtos comprar e me fazia descontos especiais. Hoje tenho as toalhas de linho e cada vez que as coloco na mesa, penso em Simone e no sorriso maroto que ela fazia...
Ela foi bailarina de Claude François, um cantor famoso francês que morreu tragicamente. Foi a época de ouro de Simone. Viajava com a troupe para todos os lugares. Com a morte dele ela precisou se virar e foi trabalhando como vendedora que pode se sustentar. Não casou, nem teve filhos. Viajava muito, com as amigas.
Ela me chamava de filha e eu dizia que ela era minha mamãe francesa. Eu amava muito essa "mãe" postiça, pois eu me sentia segura com ela ao lado.
Voltei para o Brasil e continuamos a nos falar.
Há 3 semanas atras, conversamos pela primeira vez no skype. Ela viu meus filhos, ficou surpresa com eles, conversamos muito e planejavamos nos ver em breve, ou no Brasil ou eu indo à Lyon.
Não deu tempo...minha "maman" francesa partiu para outro lugar, talvez melhor que este aqui, creio.
Vou sentir sua falta Simone, eu te amo e sempre te amarei...
Fique em paz ma maman chérie...je t'aime.