quinta-feira, 17 de abril de 2014

Um tesouro.

Mesmo oferecendo todo o dinheiro do mundo.

Mesmo oferecendo as mais belas e preciosas jóias.

As mais belas viagens aos lugares mais exóticos do planeta.

Mesmo oferecendo as melhores roupas, sapatos.

Mesmo oferecendo as mais lindas moradias.

De nada adiantará tudo ter ou oferecer.

Se você ama uma pessoa, nada terá mais valor.

Felizes são aqueles que vivem este raro sentimento com alguém, pois estes são realmente ricos e abençoados.

Por você - Frejat



Por você eu dançaria tango no teto
Eu limparia os trilhos do metrô
Eu iria a pé do Rio a Salvador

Eu aceitaria a vida como ela é
Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno

Por você eu deixaria de beber
Por você eu ficaria rico num mês
Eu dormiria de meia pra virar burguês

Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher

Por você... Por você
Por você... Por você

Por você conseguiria até ficar alegre
Pintaria todo o céu de vermelho
Eu teria mais herdeiros que um coelho

Eu aceitaria a vida como ela é
Viajaria à prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno

Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher

Por você... Por você
Por você... Por você

Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher

Por você.... Por você
Por você.... Por você

Por você.... Por você
Por você.... Por você

Compositor: Frejat

Construção

Olho as gruas

Nos prédios inacabados
Fazendo tricot de concreto e aço


Um casal, um carinho.

Há algumas horas atrás no Pão de Açúcar.

Estou tomando um café com minha mãe.
Ao meu lado, um casal entre 80/85 anos se instala.
Ela diz:
"Sente-se. Isso! Está confortável?"
Ele afirma com um balanço da cabeça.
Ela retorna à fila, onde suas compras esperam o caixa.
De súbito, ela volta e pergunta:
"Quer um café? Uma água?"
Ele sorri e responde:
"Quero que volte depois para mim, só isso."
Ela sorri e os seus olhos mostram a doçura deste carinho.
Meus olhos também reagem, transbordam de lágrimas.

Um avô, 5 netos, 2 cães e le Jardin de Luxembourg.



Paris em Maio.

O sol mostra cada vez mais sua presença e a Primavera se instala devagar.


Manhãs frescas, vento frio, mas um céu azul turquesa.

Abro as janelas do meu quarto e vejo a vizinha regando seus gerânios floridos.

Ela sorri, eu aceno.

Decido vagar pela cidade.

Ela me convida, Paris convida sempre.

Sedutora, ela nos leva à novas ruas, ou descobrir as antigas.

Me preparo e saio para este passeio.

As ruas, estreitas, dividem o espaço com os carros levemente amassados.

As calçadas são disputadas pelos transeuntes, carrinhos de bebê, patinetes e carrinhos de feira.

O sol penetra em pequenos espaços entre os prédios de estilo antigo e alturas semelhantes.

Floreiras nas janelas.

Pingos d'água.

Caminho em direção ao Parque de Luxembourg, onde fica o Senado francês.

Gosto de tomar sol, sentada em suas cadeiras de frente para a fonte.

Comendo um sanduíche de baguette e lendo um livro.

Me instalo e dificilmente me concentro no livro.

Mastigo e olho.

Olho e bebo.

Passantes, turistas, crianças, casais brigando.

Casais se beijando.

A brisa gelada vem…

Sinto arrepios.

E o sol me acalenta, me aquece e tudo passa.




Vejo um senhor com 5 crianças.

Todas elas bem animadas, mas organizadas.

Crianças francesas não fazem birra.

O avô comandando a equipe.

O mais velho, deveria ter 9 anos, segurava um terrier.

Vestia um jeans, camisa polo e casaco.

A menina mais velha, deveria ter a mesma idade do menino.

Era a prima, vestia um lindo vestidinho e um casaco de linha.

Os dois meninos, loiros, 7 e 6 anos.

O garoto de 7 anos, irmão do mais velho, estava de calça preta e blusão.

O loirinho de 6 anos, irmão da menina, portava uma bermuda de veludo, casaco e camisa de flanela.

Ele também levava seu cão para passear, um yorkshire.

A mais nova, devia ter 5 anos, uma linda garota de cabelos escuros e olhos verdes.

Era a mais agitada, falava demais e se agitava ao lado do avô.

E todos ao lado deste que era o guia de seus passeios e brincadeiras.

Todos se sentaram ao lado do avô e pediram estórias para contar.

Eu observava, enquanto eles se ajeitavam.




O avô, um senhor magro, careca, elegante, usava óculos e uma boina para proteger-se do frio.

Vestia um casaco, camisa e calça clara, estava bem para sua idade.

Tinha ar jovial.




Ele sentou-se e a mais nova pediu:

"Vovô, conte novamente a tua estória com a vovó?'




Ele sorriu e o sol mais forte ficou, como se também quisesse escutá-lo.




"Está bem, Louise, vamos lá…

O vovô era moço e o casamento com tua avó não havia dado certo e cada um foi viver outra vida e outro amor.

Meus filhos, teus pais, estava crescidos e entenderam que era melhor assim, para viverem felizes também.

E teu avô ficou sozinho um tempo, aproveitando a vida solitária e se divertindo.

Um dia, encontrei uma antiga colega, em uma livraria.

Ela não tinha mudado! Era a mesma de tantos e tantos anos atrás."




"É a nova vovó?", completa Louise.




"Sim, minha querida. Ela mesmo!"




"Ela sempre pareceu mais nova. Tua avó tem jovialidade, alegria de viver.

Eu a vi e fiquei apaixonado, parecia um tolo, um adolescente.

Ela com livros na mão, sorria e me contava que havia se separado recentemente também.

Seus livros caíram no chão e tentei ajudá-la quando bati a cabeça no canto do balcão e ela ria.

Sabe o que queria fazer?"




"Não vovô!" Responderam os netos.




"Queria bater a cabeça novamente para vê-la sorrir!"



E as crianças gargalhavam com a idéia!




"Eu a convidei para um café e depois começamos a sair.

Iniciamos um namoro, conhecemos as famílias de cada um.

Foi tudo muito bom, por um período...mas teu avô não entendia muitas coisas e as dúvidas surgiam.

O que eu sentia realmente? O que ela havia trazido para mim?

Alguns anos se passaram em minha alma se agitava, precisava de respostas.

E eu a deixei…"




E o neto mais velho diz :

"Ela chorou muito, mamãe me disse."




"Sim, Thomas, eu a fiz sofrer, a fiz chorar, não foi legal e sei disso meu neto.

Mas era preciso.

Ela, sempre me amou.

Eu, não sabia o que sentia.

Até que um dia, anos depois, eu a vi, com outro homem.

Eu estava longe, ela não me viu.

Meu coração pulou, senti palpitações e percebi que a estava perdendo.

Perdendo para sempre.

Voltei triste, perturbado.

Os dias eram longos.

Meu trabalho não rendia.

As mulheres com que saia não eram interessantes.

E meus pensamentos fugiam para ela.

Eu a amava.

E eu descobri.

Era tarde demais."




Todos ficaram em silêncio, esperando o avô continuar…

Percebi que além das meninas e dos meninos, eu também o fitava e esperava a conclusão da estória.




"Eu estava só.




E...em um mês de maio, em um dia como este, eu saí para trabalhar.

Estava com dor de cabeça, pois havia participado de uma festa.

Não conseguia abrir os olhos com o sol forte da manhã.

Esbarro em uma mulher.

Era ela.

Eu empalideço. Ela percebe e pergunta se estou bem.

Eu respondo sem graça que estou com enxaqueca.

Ela me oferece um comprimido.


Ela sorri, linda.

Eu agradeço.

Então, pergunta se preciso de alguma coisa, se estou bem e aceno com a cabeça afirmativamente.

Ela fecha rapidamente os olhos, se vira e começa a andar, para longe de mim.

Eu, um covarde, a vejo partir cada vez mais distante.

Não, esta vez eu não a deixarei.

Eu a amo, muito.

Ela precisa saber.

Mesmo que estivesse namorando, ou casada, queria que soubesse o quanto eu me arrependi de tê-la deixado.

Eu grito seu nome e ela me olha.

Ela sorri com os olhos e me aguarda.

Seu vestido fino, seu casaco entreaberto, seus cabelos soltos e sua pele branca, pedem para tocá-la.




Eu corro e confesso:




"Perdão do mal que te fiz.

Perdão por te fazer sofrer.

Mas preciso te dizer, mesmo que tenha alguém, que eu te amo e que eu sempre te amei.

Apenas eu fui um idiota de te deixar partir."




Suas mãos afastam os cabelos do rosto, ela me dirige a palavra de forma suave e firme:




"Eu nunca deixei de te amar e saiba, que pedi à Deus de me livrar deste sentimento.

Mas Deus não quis, pois ele sabia que um dia você voltaria para mim."

E assim, em uma rua de Paris, eu e tua avó, chorávamos abraçados e trocávamos palavras de amor.

E a nossa estória já dura 20 anos.

E a cada dia agradeço por tê-la ao meu lado."




"Vovô, eu adoro tua estória!", complemente Louise.




O avô se levanta, conversa com os netos, dizendo que já está na hora do lanche.




"Vamos embora, tua avó nos espera!"




Todos caminham em direção ao portão.

Um avô, 5 netos, 2 cães, no Jardim de Luxembourg.


E uma ouvinte convidada para vagar em Paris.







(Ana Stella)


Páscoa!

Páscoa significa passagem.
É a celebração mais importante da Igreja Cristã, onde se comemora a ressureição de Jesus Cristo.
Passagem?
Ressurreição?
Acho que temos que refletir um pouco em o que realmente queremos em nossas vidas.
Passagem para um relacionamento melhor e mais equilibrado?
Para um trabalho novo e estimulante?
Para uma mudança de hábitos de vida?
Para renovar atitudes e melhorarmos um pouco mais?
Tudo isso e muito mais poderemos realizar.
Esta é a forma que vejo a Páscoa.
Não chocolates enjoativos e muito consumismo, fugindo do real e verdadeiro objetivo desta data.
Estamos ressurgindo, renascendo.
Que tal, então, mudarmos para a melhor?
Procurarmos auxiliar quem necessita.
Preservar com pequenas atitudes nosso entorno, nosso bairro, nossa cidade.
Procurar se respeitar, não aceitar sofrer por quem não te merece, não se auto-sabotar, amar você primeiro e se alegrar que está vivo.
Reclamar menos, arregaçar as mangas e ajudar em seu prédio, seu vizinho, em sua comunidade.
Resolver assumir um amor antigo, ou um novo relacionamento.
Dar liberdade para que o outro que compartilhou a vida com você, possa novamente ser feliz.
Sem remorsos, sem tristezas.

Sejamos novos.
Passemos novamente.
Renasçam inteiros, vivos e felizes!
Feliz Páscoa!