Hoje eu estou muito emocionada!!
Em 1987 realizei meu trabalho de graduação de Arquitetura.
Depois de realizar um projeto sem sucesso (segundo meu orientador), decidi recomeçar e escolhi um dos terrenos propostos.
O que eu escolhi era um terreno no final da antiga Faria Lima com a Joaquim Floriano. Neste terreno havia uma cada bandeirista e que depois de algumas ampliações, dera lugar a uma casa de repouso.
Muitos anos se passaram e a casa de repouso mudara de lá.
Sabendo do valor do terreno, o empresário e ambicioso (além de idiota ) Naji Nahas, mandou botar abaixo tal casa, pois sabia que o processo de tombamento havia se iniciado pelo CONDEPHAT.
A demolição foi interrompida e a cada bandeirista, de taipa de pilão, ficou por muito tempo abandonada, em ruínas, com algumas paredes resistindo, graças à proteção de plásticos.
Meu projeto consistia na recuperação e revitalização de tal casa, transformando-a em museu e com um grande empreendimento residencial contornando-a e que seria presenteada e valorizada com uma linda praça e muitas árvores.
Tenho ainda tal projeto e me orgulho muito de vê-lo de vez em quando, pois todo o desenho foi feito à mão.
Mas, em mim habitava uma tristeza, pois graças à ganância do homem moderno que apaga a História, apagaram minha casa bandeirista.
Já se passaram 25 anos e hoje, passando na Avenida Nova Faria Lima, parei no habitual trânsito caótico da cidade.
Distraída, olho para a esquerda e não acredito!
Retorno novamente e a vejo: A CASA!
Meus olhos se enchem de lágrimas e começo a chorar de felicidade!
Algum anjo (pouco importa o quanto ele é ganhará com o empreendimento) teve a sensibilidade de recuperá-la e valorizá-la.
Ela está lá, maravilhosa.
Eu estou feliz e saboreio este prazer!
Sim! A vida vale à pena!
Minha casa Bandeirista está de pé!
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