quinta-feira, 24 de março de 2011

Ele poderia ser meu filho, ele poderia ser seu filho!



Fui passear com o meu cão e vi uma cena triste. Um garoto de 16/17 anos, bonito, bem vestido.

Drogado. Mal conseguia andar.

Os braços soltos no ar,colocava a mão na cintura, parava, virava o pescoço como se a cabeça girasse até as costas. Parava, ajoelhava, caia, levantava e olhava para o céu, talvez pedindo ajuda.

Atravessou uma vez a rua.

Subiu, agachou-se, levantou e segurou no muro, conversando sozinho com sua alma perdida.

Atravessou a rua novamente, encostou na placa, caiu na ilha.

Mais uma vez atravessa a rua em zigzag.

Ligo para a policia, ficaram de busca-lo.

Andava rápido e não via ninguém, só sua alucinação.

De longe, vi que ele caiu na ilha.

Levantou e andou novamente. Desapareceu.

Desapareceu minha esperança de que será salvo.

O Inferno é sua sombra.

A morte sua próxima companheira.






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